terça-feira, 14 de junho de 2011

Observação


Observar. É o que faço ao longo desses vinte e poucos anos de minha vida. Muitas vezes só conseguiremos entender grandes idéias se simplesmente pararmos e olharmos as partes pequenas das quais elas são constituidas.

Lembro que, na infância, quando visitava meu pai durante as férias, gostava de me sentar às margens de um rio em cima de uns sacos de areia. Eles fizeram uma espécie de ilha com vários desses sacos e havia um tronco de árvore que servia como ponte que ligava a margem do rio até os sacos, então eu conseguia ter acesso a água sem causar muita agitação. Às vezes me sentava ali por horas, observando os peixinhos nadarem tranquilos ao redor dos montes de areia. Eu observava como eles interagiam entre si e interagiam comigo, porque às vezes eu não resistia e tentava pegar alguns com as mãos.

O tempo que passei sentado sobre aqueles sacos de areia me ensinaram que a calma e a serenidade têm um pontencial incrível de revelar mundos jamais antes vistos. Se eu não tivesse parado por um tempo para observar o mundo a minha volta, eu teria apenas dado uma olhada naquele rio lamacento, sem conseguir enxergar o tesouro que ele abrigava por baixo.

Isso me faz pensar no quanto as pessoas correm - contra o tempo, contra a maré. Buscam tranquilidade e motivos pra se evadirem de preocupações e problemas, e com isso ganhar tempo. A verdade é que nunca nos falta tempo para nada. Não temos o controle do tempo, e sim ele sobre nós. A paz e a inocência encontram-se muito além do mundo das aparências, dentro de cada um de nós.

Isso não significa que não devemos agir. Nosso mundo é agitado e exigente. Precisamos nos manter em movimento para a nossa própria sobrevivência e às vezes decisões ousadas e imediatas precisam ser tomadas. A humanidade é egoísta e a Mãe Natureza é indiferente, o que faz da observação algo ainda mais difícil. Penso que assim como eu não resistia e lançava minhas mãos na água na tentativa de apanhar algum peixe, nós como humanos precisamos nos lançar - novas descobertas, novas mudanças e novas realizações. No entanto, se eu tivesse deixado de observar eu jamais teria visto os peixinhos que eu estava tentando capturar. Se certo ou errado, o ato de pegar peixinhos somente foi possível com observação calma e cuidadosa. Isso me faz acreditar que se nós parássemos um pouco mais para observar as situações que nos cercam, seríamos presenteados com mais, e possivelmente com melhores soluções.

Como seres humanos, temos pouco tempo em nossas vidas, contudo, na verdade, temos todo o tempo que poderíamos precisar. Não seja apenas um ser programado para andar, trabalhar, correr, dormir. Pare um pouco e olhe mais profundamente para dentro do mundo que o abriga. Você poderá se surpreender com o que se esconde logo atrás do que se vê.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Começo e Fim


Quanto mais me afasto do que ficou para trás, me aproximo de algo novo, desconhecido e desafiador. Embora eu não saiba o que o futuro me reserva, eu só desejo não cometer novamente os erros que cometi e desejo mais ainda esquecer a sensação extasiante que ficou em meus lábios e o calor arrebatador dos seus braços ao meu redor.

E agora, mesmo achando que isso não fosse acontecer tão cedo, encontrei um novo horizonte, e assim como cada dia é um novo começo que me faz sentir medo e excitação, espero que esta nova aventura não seja tão curta quanto os dias o são.

Ainda mantenho a minha promessa. A culpa não é sua, não é minha. Trata-se de aceitar que tem coisas na vida que não são nossa escolha. Talvez em algum dia não esperado possamos nos encontrar e enfim compartilhar de um abraço de poucos segundos que parecem durar pra todo o sempre. 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Um Dia Especial



Um dia qualquer, como outros tantos.

24 horas apenas... ou muitas?


Tantas inspirações nos cercam, afinal.


Momentos únicos, que fazem a vida valer cada segundo vivido.


Hoje a inspiração e motivação vieram de modo óbvio 


Óbvio, entretanto raramente considerado e refletido:


AMIZADE


Um dia li que ela é o mais nobre e puro dos amores.


É o amor desinteressado, que não requer atração física e desejo.


Nossos amigos compõem aquilo que somos.


Nos integram, fazem parte de nosso conteúdo.


Mesmo que às vezes distantes no tempo e no espaço.


Inusitadamente, sossegado, no aconchego do lar


Surgiu alguém que há muito tempo não via.


Quase uma hora da manhã... e lembrou-se de mim.


Fez toda diferença.


Um simples gesto.


Carinho e consideração. 


Laços que o tempo jamais poderá romper. 

O papo se prolongou; risadas, puxões de orelha.


Mas amizade acima de tudo!


Verdade, sinceridade... 


Se ora me manifesto, vem desta inspiração e contato.


Este amigo, com seus conflitos, imperfeições e bagagem de vida, me fez ver um novo sentido para cada a instante vivido.