quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Reticências... Um ponto.



Nós nascemos... crescemos... e estamos morrendo. Entre o nascer e o morrer nós amamos e odiamos... rimos e choramos... ganhamos e perdemos... damos e recebemos... quebramos e consertamos... caímos e levantamos... conhecemos a felicidade e a tristeza... somos ora corajosos, ora medrosos... nos agarramos a oportunidades, outras deixamos escapar....

Alguns de nós têm amigos... e os conhecemos tão bem quanto pensamos conhecer a nós mesmos. Alguns de nós têm família... e é como se o próprio pai ou irmão fossem completos estranhos. De um jeito ou de outro, a verdade é que preenchemos nossas horas, minutos e segundos com VIDA... outros irão dizer que não é vida quando só há aborrecimentos, decepções, medos ou traumas. Às vezes mal conseguimos nos conter por esperar alguma coisa... outras vezes esperamos mais que devíamos e até desistimos. Ficamos ricos em alguns aspectos... pobres em outros. Ajudamos sem esperar nada em troca... e somos ajudados por quem menos imaginamos. Alguns de nós vivem até morrer... outros simplesmente morrem um pouco a cada dia.


Onde você estava há um ano? O que quero dizer com isso é... COMO você estava há um ano? Emocionalmente... fisicamente... financeiramente.

E agora? A sua vida está melhor ou pior, como você vê isso? Você tem uma vida "boa"... uma vida "ruim"... vida nenhuma?

Agora pense novamente há exato um ano atrás... e reconte os muitos dias... semanas... e meses que existiram. Imagine quanto tempo foi gasto trabalhando... fazendo compras... divertindo-se com amigos... lembre-se dos momentos de desânimo... das fortes emoções... da tristeza... da paz... dos momentos agitados e dos momentos de tranquilidade.

Pois é.. aquele ano se foi... passou e acabou... e trouxe você exatamente aqui... no AGORA. Cada sorriso... lágrima... gesto... sabor... toque... beijo... ação e reação... tudo isso combinado para trazê-lo aqui a esta página e este momento.

Mas o melhor é que esse "agora" não é um ponto final. Este agora é um outro começo que irá conduz ao nosso futuro... e enquanto isso possa parecer redundante, simplório, o-que-esse-louco-tá-falando, querendo ou não, já começa também a fazer parte do seu passado.

Com o tempo, aprendi que precisamos viver este agora com o maior afinco de que podemos dispor, porque ele é o único momento que conta para qualquer coisa. O passado é intocável, exceto em nossas lembranças... e apesar de todos os nossos planos e garantias imaginárias o futuro é ainda desconhecido.

Isso nos deixa apenas com este momento para vivermos, o que significa que devemos vivenciá-lo completamente... mesmo que esteja sendo um saco. Mas nada dura para sempre e eu sei do que estou falando, porque eu estive lá... E agora estou aqui... exatamente como você sempre esteve aqui. Sempre.

Nada vale mais na vida do que o presente, que é a maior dávida para a nossa vida. Poder estar aqui, agora, e experimentar este momento, tomar decisões a partir desta hora porque este agora, é um tempo muito curto, de fato. Mas é o começo do meu futuro e o final do meu passado, tudo em um só instante, um piscar de olhos.
  



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Escape



Numa dessas conversas bobas que tive há poucos dias com um velho amigo, falávamos de superpoderes e ele me diz que, se pudesse escolher, iria querer a habilidade de ler a mente de outras pessoas. Algumas horas depois voltei a pensar nessa conversa e, por um instante, fiquei aliviado por saber que superpoderes não existem.

Para mim, a minha mente é o mais seguro de todos os lugares. Nela não há nenhum julgamento, nenhum escrutínio, ninguém que possa ouvir meus pensamentos. Além disso, ainda que pudessem ler, ninguém seria capaz de descobrir o que eles significam, porque existem, ou de onde vieram. O que é verdadeiro, imaginário, casual e íntimo estariam juntos e sem distinção alguma uns dos outros. 

Eu iria querer, em vez disso, a habilidade de poder voar. Mais clichê que isto é impossível, mas não estou tentando ser original, apenas honesto. Eu gostaria de ser capaz de me mover com o vento, acima das nuvens.

Voar para um lugar onde eu pudesse estar sozinho e olhar para baixo. Olhar e ver este mundo tão frenético se mover ao meu redor. Ou até voar para o topo de uma árvore bem alta onde o ar é tão calmo e silencioso  que o tempo parece estar congelado. Principalmente, voar para um lugar onde ninguém pudesse me tocar. Onde ninguém possa me fazer mal ou ferir. E, se tentasse, eu apenas voaria para mais longe.